Nosso blog tem o intuito de informar um pouco de nossa querida Umbanda,assim como nossas atividades em nossa casa.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
CONFRATERNIZAÇÃO
DIA 18/12 ÀS 15:00 H.
MULHERES: 01 PRATO DE SALGADO
HOMENS: 01 REFRIGERANTE 2 LITROS
FELIZ NATAL !
Os amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo todo dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem não me são conhecidos a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes muito profundas, e de ramos muito extensos, e para que seus nomes, nunca sejam, arrancados do meu coração.
Para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável para que nossa amizade seja um momento de repouso nas lutas da vida.
“Que os momentos alegres de Natal ilumine todos os dias do ANO que se inicia”.
São os sinceros votos do Centro Espírita Morada de Oxalá.
FELIZ NATAL!!
MÃE LYA
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
OXUM - 08/12
Orixá da prosperidade,da riqueza,esta ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.Exerce segundo a mitologia africana ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente as teimosias e manhas, as intrigas e articulações de vingança o esnobismo, o charme, as aparência mundanas.
Conquanto, são dela a paquera, o flerte, o namoro, os gestos de puro carinho, a sensualidade nos relacionamentos amorosos, toda a espécie de romantismo e sutileza, o amor verdadeiro e eterno, posto que Oxum é a deusa do amor.
Ela encontra-se encantada nas conversas femininas, é a senhora da magia e da adivinhação.Por isso é sabido pelo povo africano que seus filhos tem aptidão para a prática da feitiçaria, pois Oxum aprendeu com as Yami Oxangá bruxas feiticeiras a arte da magia e da adivinhação.
Seu dia é o sábado; o metal é o ouro; a cor é amarelo; as partes do corpo regidas por ela são o rosto (vaidade), o ventre (gestação) e o coração (amor).Rege ainda a intuição (magia).
As pessoas regidas por essa divindade africana são vaidosas e muito elegantes, apaixonadas por jóias, perfumes e vestimentas caras, mas são também desprendidas e altruístas as vezes volúveis, são sensuais símbolos do charme e beleza porém reservadas e sonhadoras.Sua aparência calma e sedutora, esconde um forte desejo de ascensão social.
Mãe Lya
YANSÃ - 04/12
Deusa da espada de fogo, dona das paixões, Iansã é a rainha dos raios, dos ciclones , dos furacões, tufões e vendavais.Orixá do fogo, guerreira e poderosa, é a mãe dos eguns, guia dos espíritos desencarnados, senhora do cemitério.
Na mitologia africana, Iansã é o vento, a brisa que alivia o calor, a quentura, o abafamento e o tremular dos panos, das árvores, dos cabelos e a lavra vulcânica destruidora, ela é fogo, o incêndio, a devastação pelas chamas.
Também chamada de Oya, essa deusa simboliza o ciúme incontrolável e a paixão violenta, ela é o desejo e o prazer e o sentimento suplantando a razão, a frase “estou apaixonado” tem a regência de Iansã.No candomblé é o orixá que serve de guia aos eguns. Ela ao lado de Omulu, rege os campos santos e indica o caminho a ser percorrido pela alma desencarnada. Se Yemanjá recebe a chegada da nova vida e a orienta no mundo é Iansã quem vai cuidar dos mortos e reinar sobre estes.
Iansã rege a quarta-feira , seu metal é o cobre, a cor é marrom , no corpo ela atua sobre o fígado e o sangue. As pessoas regidas por esse orixá do fogo são poderosas, cuidadosas e autoritárias, podem ser de uma lealdade absoluta, em certas circunstâncias, mas quando contrariados em seus projetos e empreendimentos, manifestam a mais extrema cólera.
Essas pessoas de temperamento, sensual e voluptuoso, podem ser levadas a aventuras amorosas extra conjugais múltiplas e freqüentes, sem abandonarem o ciúme de seus parceiros.
No Omolocô sua cor é vermelha, na Angola é coral e na Umbanda a cor é amarela.
HINO DA UMBANDA E DO CEMO
Refletiu a luz divina com todo seu esplendor é do reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que veio, de Aruanda Para todos iluminar A Umbanda é paz e amor É um mundo cheio de luz É a força que nos dá vida e a grandeza nos conduz. Avante filhos de fé, Como a nossa lei não há, Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá ! Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá !
HINO DO CENTRO ESPÍRITA MORADA DE OXALÁ
É com fé, amor e harmonia
Que nós vamos sarava
Cruzar a pemba com pemba
Na fé de pai Oxalá
Salve a fé e o amor infinito} BIS
Salve a Morada de Pai Oxalá} BIS
É com fé amor e harmonia
Que nós vamos sarava
Cruzar a pemba com pemba
Na fé de Pai Oxalá
Salve as forças do nosso ALÁ}BIS
Salve a coroa da nossa Babá}BIS
DANÇAS E TAMBORES
Os tambores desempenham um papel essencial ; eles são para os africanos muito mais do que simples instrumentos musicais que servem para acompanhar cantos e danças religiosas; são considerados seres dotados de uma alma e de uma personalidade; são batizados com o nome dos orixás, e é necessário, infundir-lhes uma força nova por oferendas e sacrifícios.
No dia de festas são vestidos de faixas (ojá).
São instrumentos sagrados, se caem, a pessoa responsável é obrigada a dar um cabrito calçado.
Não podem ser tocados por qualquer pessoa, são tocados somente pelos Ogans ligados a eles, e tendo passado pela iniciação, tem o direito de fazê-los ressoar nos dias de festas.
No Brasil, a importância dada aos tambores pe demonstrada pelos seguintes fatos: saúdam, por um ritmo especial a chegada dos membros importantes da seita e estes vem se inclinar diante deles e tocar o chão, antes mesmos de irem saudar o dono da casa do terreiro e os lugares consagrados às divindades.
Os orixás quando se manifestam tem o cuidado de se inclinarem diante dos tambores que os “chamaram”.
No Brasil, como alujá e tonibabé, reservados a Xangô, Aguere para Oxossi, Opanijé para Omulu, Ijexá para Oxum, avania e gicá.
Para os outros orixás e o adarrum de grande intensidade
Mãe Lya
03/11/10
PONTOS CANTADOS CEMO MÃE LYA
Entrei Lá na Mata e Pedi}BIS
Que a Jurema desse folhas para mim}BIS
Ela me deu e eu aqui estou
Com as ervas da Jurema
Fazendo defumador
Eu defumo, defumo
Vamos defumar
Eu defumo, defumo
Com as ervas de Oxalá
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Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Benjoim, alecrim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé
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Corre gira pai Ogum
Filhos quer se defumar
Umbanda tem fundamento
È preciso preparar
Com incenso, benjoim
Alecrim e Alfazema
Defuma filhos de fé
Com as ervas da Jurema
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Esta casa tem 4 cantos}BIS
Cada canto tem seu santo}BIS
Pai e Filho e Espírito Santo}BIS
Abre a porta ó gente que aí vem Jesus
Ele vem cansado com o peso da cruz
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Nossa senhora, incensou
Seu amado filho
Para o mal dele se retirar
Mas eu incenso a minha aldeia de Caboclo
Pro mal sair e o bem entrar
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Incenso e Benjoim
Cheirou a minha banda
Cheirou, cheirou a minha banda
OGUM
Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Quando ele vem Beirando a areia Na mão direita ele traz O rosário de Mamãe Sereia Quando ele vem Beirando a areia Na mão direita ele traz O rosário de Mamãe Sereia
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Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum, Ogum Megê Sua bandeira cobre os filhos de Jesus x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x
Se meu pai é Ogum Vencedor de demanda Ele vem de Aruanda Pra salvar filhos de umbanda Ogum, Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum, Ogum Iara Salve os campos de batalha Salve as sereias do mar Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum Iara x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x
Seu Beira-Mar, beirando a areia Seu Beira-Mar é filho da mamãe sereia Se a sua espadaBrilha no raiar do diaSeu Beira-Mar É filho da virgem maria
Ogum não devia beber Ogum não devia fumar Mas a fumaça representa as nuvensE a cerveja é a espuma do mar Mas a fumaça representa as nuvensE a cerveja é a espuma do mar
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Lá no Humaitá, aonde Ogum guerreou Foi em alto mar, que YemanjáLhe corôou
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Que cavaleiro é aquele Que vem cavalgando pelo céu azul É seu Ogum Matinada Ele é defensor do cruzeiro do Sul E e e E e a E e e seu canjira Pisa na Umbanda E e e E e a E e e seu canjira Pisa na Umbanda
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Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x
Ó que noite tão bonitaÒ que céu tão estrelado Carruagem tão bonita}BISQue Ogum ganhou
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Estava na beira da praia Quando eu vi 7 ondas passarOi abre a porta gente que aí vem OgumCom seu cavalo marinhoEle vem saravá
SUBIDA DE OGUM
Mandei selar seu cavalo
Para um bom cavaleiro montar
Ogum vai, vai e vai
Deixa saudades
Ele vai e tornar a voltar
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Ogum já vai}BIS
Já vai pra Aruanda}BIS
Abenção meu pai
Proteção pra nossa banda
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Ó que lindo cantar}BIS
Até os passarinhos choram
Quando pai Ogum
Se despedi e vai embora
OXALÁ
Pombinha branca
Pombinha de Oxalá
Pombinha Branca
De todos os Orixás
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Lá no céu abriu uma porta
Apareceu um pombo branco
Vamos todos saravá
O divino Espírito Santo
Salve mamãe Oxum ai eu eu
Salve meu pai Oxalá
Salve Nana Buruque
Salve todos os Orixás
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Eu fui na Jurema
Apanhar Orucá
Eu vi uma rosa branca
No peito de pai Oxalá
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No jardim das oliveiras}BIS
Encontrei um jardineiro
Era ele Jesus Cristo
Nosso Pai verdadeiro
PAI BENEDITO
No rosário de Pai Benedito}BIS
Tem contas pra se rezar}BIS
As lagrimas dos filhos seu
Nos ajudam a desfolhar
Ave Maria cheia de graça
Bendita seja e sempre será
Pede a Deus nosso senhor}BIS
Pelos filhos de Yemanjá}BIS
CABOCLOS
Caboclo das 7 penas
Sete penas trabalha na terra
Sete penas trabalha no mar
Trabalha com a lua e o sol
Trabalha com a chuva e o vento
Vem trazendo a lei suprema
Dada por pai Oxalá
Saravá o seu gongá
Sarava sua babá
Sarava sua coroa
Na coroa de Oxalá
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Estrela Dalva, clareou umbanda
Foi quando no terreiro
Oxossi confirmou
Seu 7 penas, é filho de pai Oxalá
Ele veio na falange
Sete penas Juremá
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Iracema é tão bonita
Com seu saiote de penas
Ela veio da cachoeira com a Oxum
Mas ela mora na pedreira de Xangô
È a cabocla Iracema
Tão linda, com seu saiote de penas
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Quem cortou seu pé de árvore
Aonde ele passava o dia
Oxossi vem firmar seu ponto
Estrela Dalva é a sua guia
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Ai não me mexa na espada de Ogum
Mas não me mexa na machada de Xangô
Mas não me mexa na flecha de Oxossi
Que a mata é linda
E tem morador
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Na sua aldeia tem
Todos os caboclos
Na sua aldeia,tem cachoeirinha
O seu saiote tem pena dourada
Seu capacete brilha na alvorada
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Seu Urubatão}BIS
Quando chega na aldeia dá sinal}BIS
Na aldeia, lá na aldeia
Na aldeia, seu Urubatão
Lá na aldeia
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Olha o meu passarinho azulão}BIS
Quando voa não pisa no chão}BIS
Ó sol, ó Lua que clareia
A jurema
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Meu pai caboclo
O senhor não me condena
Cobra Coral piou nas matas da Jurema
Cobra piou, piou, piou
Cobra coral piou nas matas da Jurema
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Seu caçador na beira do caminho
Ò não me mate essa coral na estrada
Ela abandonou sua choupana caçador
Foi no romper da madrugada
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Ele é do mato}BIS
Ele é de ganga macaia}BIS
Que mata é a sua
Ele é de ganga macaia
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Caboclo do mato trabalha
Com São Cipriano e Jacó
Trabalha com a chuva e o vento
Trabalha com a lua e o sol
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Sua mata é de caboclo
Sua mata é de guiné
Pra salvar filho de umbanda
Pra salvar filho de fé
Firma seu ponto }BIS
Firma sua gira}BIS
Firma na coroa}BIS
Da Virgem Maria}BIS
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Vestimenta de caboclo }BIS
È samambaia, è samambaia, è samambaia}BIS
Sai caboclo, não me atrapalha
Saia do meio da samambaia
Caboclo sua banda é bonita
E ficou mais ainda depois que o caboclo chegou
No céu uma estrela saiu e a lua surgiu
Clareou o Jurema,seus filhos cantam com alegria,
pedem a Virgem Maria, para ele abençoar
Ere, rea, sarava seu 7 penas
Que ele é chefe de gongá
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Jupira e Juçara
Nasceram na cidade da Jurema
Elas fizeram uma jura
Aonde uma estivesse a outra havia de chegar
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Ela é cabocla Yara o paranga
Veio do Jurema o paranga
Ela vem das matas, o que mata é a sua
Onde pia a cobra, canta o Sabiá e clareia a lua
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Lá na Jurema, debaixo de um pé de Ingá
Aonde a lua clareia o caminho
Pra meu pai Oxossi passar
Jurema, Jurema
Olha o seu Jurema
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Jurema seu saiote é muito lindo
Seu capacete é de pena
Como brilha o diadema
Jurema ê ê, Jurema ê a
É uma cabocla filha de Tupinambá
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Seu saiote carijó
Brilhou nas matas
Sua flecha de indaiá assoviou
A cabocla jureminha
Rainha de umbanda
Do Jurema chegou
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Ele atirou}BIS
Ele atirou e ninguém viu}BIS
Seu sete flechas
É quem sabe
Aonde a flecha caiu
SUBIDA DE CABOCLOS
Caboclo apanha sua flecha
Apanha o seu bodoque
O Galo já cantou
O galo já cantou na aruanda
Oxalá lhe chama para sua banda
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Quando o atabaque zoa
Filho de umbanda chora
È os caboclos de umbanda
Que se despedem
E vão embora
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Adeus, caboclo esta chegando a hora
Todos os caboclos vão se retirar
Adeus caboclos, uma saudade imensa
Uma saudade imensa fica em seu lugar
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O EMPREGO DAS BEBIDAS AOS ORIXÁS
O vinho é a bebida de suma importância.O primeiro milagre de Cristo foi à transformação da água em vinho, num casamento realizada em m Canaã.Dentro do ritual dos orixás, o vinho representa o sangue de cristo.No catolicismo o vinho representa igual papel.
Com a continuação do tempo os escravos se dedicaram ao cultivo de cana-de-açúcar.A festa da Moagem era importantíssima na vida do engenho do Brasil Colônia.Vinha o padre benzer as plantações, as moedas, os escravos, que tudo faziam para receber os respingos da água benta.Dos arredores chegavam os senhores das casas grandes, cantadores, compadres e amigos.A casa recebia a todos em seus salões enfeitados, e, alegremente, a festa estendia-se aos terreiros.Noite adentro, a bela e convidativa mesa retinha todos a seu redor, renovando e solidificando amizades.Os doces eram o espírito da festa, com seus nomes sonoros e um tanto malicioso.Delicados sabores derivados de côco, ovos, açúcar, farinha, e principalmente, muita imaginação das velhas escravas. Alguns desses doces se popularizaram, e hoje são servidos nas festas de Ibejis (crianças).Também da cana-de-açúcar se faz a tão apreciada cachaça.
Com os índios aprendemos a fazer guaraná, a partir de um fruto do mesmo nome, bebida esta que igualmente é servida aos Ibejis.
Nas grandes senzalas á noite, ao som de cânticos e rezas, os negros escravos faziam oferendas aos orixás, incluindo as respectivas bebidas.Faziam o aluá de arroz ou de abacaxi
Os indígenas também faziam esta bebida.Como o aluá serve para todos os orixás, muitos terreiros fazem uso dela.
Até o fim do século passado à escolha da bebida não tinha importância de hoje, pois havia apenas a preocupação de que fosse boa.Era então usada com qualquer comida, sem nenhuma etiqueta.Com o desenvolvimento da gastronomia, com a preocupação de se comer cada vez melhor, o paladar foi se apurando de tal forma que se passou a exigir maior harmonia entre comidas e bebidas.Graças à fé, a humildade, a caridade e a bondade dos escravos, nós, através dos mesmos, aprendemos a oferecer as bebidas aos orixás.
Á Exú, orixá dos caminhos, oferecemos cachaça, aniz, Martini e wiskie.
A Oxalá oferecemos vinho tinto ou champanhe, pois para o “Pai Maior” ofertamos melhor.
Oxum, Nanã e Yemanjá, água mineral ou das fontes, pois as são donas das mesmas.
Iansã bebe vinho moscatel e champanhe.
Xangô e Ogum bebem respectivamente cerveja preta e cerveja branca.
Oxosse bebe vinho tinto e os caboclos bebem vinho tinto e batida de amendoim.
Obaluaê e Omulu bebem vinho tinto
Ossanha bebe vinho tinto e cachaça com mel.
Oxum-Marê bebe vinho tinto, vinho moscatel, café, cachaça com mel (meladinho), vinho tinto com café.
Os Ibejis bebem água com açúcar, soda, guaraná e amindundum (café).
Além das bebidas citadas, todos os orixás bebem aluá.A água é uma das principais bebidas, pois é a força fluídica universal.
Nos Boris e feituras há a quebra de quizila das bebidas.Mistura-se todas as bebidas dos orixás, excetuando as de exú, dando-se para o iaô beber, o que fará com que a pessoa futuramente possa ingerir qualquer tipo de bebida, sem que as mesmas lhe façam mal.
As bebidas, assim como tudo que é belo e feliz, participam das mesas de homens e deuses, complementando os vínculos entre céu e terra.
Lya Wilma de Almeida
QUALIDADES DE OXALÁ
Os Orixás Funfun seriam em número de cento e cinqüenta e quatro, aqui escreverei sobre alguns deles:
Orixá Olofon Ajigúna Koari
Aquele que grita quando acorda, conhecido por nós pelo nome de Oxalufã
Orixá Ogiyan Ewúlee Jiigbo
Senhor de Ejigbô, conhecido pelo nome de Oxaguiã
Orixá Obaníjita
Orixá Akire ou Ikire
Um valente guerreiro, muito rico que transforma em surdo e mudo a quem negligência
Orixá Eteto Oba Dugbe
Outro guerreiro, ligado a Orixalá
Orixá Alase ou Olúorogbo
Salvou o mundo fazendo chover num período de seca
Orixá Olójo, Arówu, Oniki, Onírinja
Orixá Ajagemo
Para o qual durante a sua festa anual em edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor
Orinxalá/Obatalá
É casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin, local de adoração.Dizem que Yemowo foi a única mulher de Orixalá-Obatalá um caso excepcional de monogamia entre Orixás e Eboras
Oxalufã (Orisá Olú Fon)
Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifon pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias
Oxaguiã ( Orisá Ogiyan)
Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal encontra-se em Ejigbô.Tomou o título de Eleejigbô Rei de Eijgbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado Iyán, que lhe valeu o apelido de Orisá-Je-Iyán ou Orisajiyan.
A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpe de varas.
Rio 29/10/10 Mãe Lya
ORAÇÃO DE PROTEÇÃO
CHAGAS ABERTAS
CORAÇÃO FERIDO
SANGUE DE JESUS CRISTO
ENTRE EU E O PERIGO
Lembre-se que Jesus te ama e te protege.
Mãe Lya
COMIDAS DE SANTO
As comida de santo nos vieram de tempos longínquos, através dos negros escravos que as preparavam nas senzalas.Na tentativa de preservarem suas tradições religiosas e culturais e amenizar a dor humilhante de vil servidão, eles se reuniam e praticavam culto.Como temiam perseguições e mais castigos dos seus senhores, faziam o assentamento com uma pedra e por cima colocavam uma imagem do santo católico, cujas qualidades mais se assemelhassem ao orixá.
A cultura negra estendeu-se com o passar do tempo, formando novas religiões, que adquiriram grande número de adeptos.
Por serem Angola e Nagô as chamadas “bases do Santo” e a reunião delas ter gerado Omolocô que é a reunião de todas as nações e toque especial da “Umbanda Forte”, foi a comida do santo também unificada, reunindo todas as nações no Omolocô, o que nos permite dentro da “Lei da Umbanda Forte”, alimentar o santo nos dias a ele consagrados.
Atualmente as comidas são preparadas nos terreiros ou tendas, por pessoa especializada chamada “yabá”.A Yabá, sendo a cozinheira dos orixás, não pode estar menstruada ou ter relações sexuais para tocar os alimentos sagrados.Antes de iniciar os preparativos da comida ou “Ajeum”,deverá tomar banho com as ervas de todos os orixás,para concretizar perfeita ligação e receber influência direta dos mesmos.
A comida é preparada sob mais rigoroso asseio, e certos detalhes são observados:
Os animais sacrificados não podem apresentar nenhum ferimento, são lavados e defumados.As frutas devem estar perfeitas, os peixes frescos.As comidas são servidas frias e sem sal, pois Oxalá não aceita este tempero.As bebidas devem estar em temperatura ambiente.Os utensílios como panelas, colheres, facas e pratos,são de uso exclusivo do santo.
Geralmente a primeira comida a ser preparada e entregue é a de Exu, orixá dos caminhos, que sendo o mensageiro entre céu e terra, faz a ligação de humanos e divindade africana.Exú é uma entidade que ainda sente as influencias da matéria e por viver na crosta terrestre, diz-se que ele é terra-a-terra, tendo as mesmas sensações e gostos dos seres encarnados.Exú aprecia vistosas indumentárias, gosta de comer farofa amarela, pimenta, bifes, maçã vermelha, figo, doce de banana d’água, pasteis de camarão seco com pimenta.As comidas são arriadas em encruzilhadas com velas vermelhas e pretas, ou em lugar especialmente preparado.Os homens bebem cachaça (marafo) e as mulheres aniz.Fumam charutos, cigarrilhas e cigarros e gostam de rosas vermelhas.Gosta de rir, cantar e dançar numa alegoria própria da vida.Sua saudação é “Exu-ê” ou “Exu é bamba no Aro”.
O Oxalá é o Orixá da vida e dono do planeta Terra, oferecemos canjica branca e mel, coberta com algodão em sinal de respeito ao orixá, acaçá enrolado na folha de bananeira, arroz branco com mel enfeitado com folhas de alface, maçães verdes, uva moscatel, banana verde, fruta-pão.Sendo Oxalá entidade suprema, o seu filho poderá comer qualquer espécie de fruta sem sofrer danos.Sua cor é branca simbolizando a pureza, a bondade e a caridade.Bebe champanhe e sua saudação e “Êpa Baba”.
Oxum deusa dos rios e das águas doces, que é mulher bonita e vaidosa, gostando, portanto de perfumes, flores e cânticos celestiais.Alimenta-se de omolocum de feijão fradinho, ovos cozidos, bolinhos de arroz com camarão, xim-xim de galinha, peixe vermelho assado na brasa e servido com mingau de acaçá e molho de camarão.Oxum aprecia também a pêra d’água, fios de ovos, água mineral e água de flor de laranjeira, confirmando serenidade e a paz irradia.Sua saudação e “Aiê-ieu Mamãe Oxum” e sua cores, azul e amarelo.
Xangô rei das tempestades, do raio e do trovão, dono da pedreira, senhor da umbanda que detêm o poder da justiça.Xangô come amalá de peito, de rabada, de badejo, de bagre, acompanhado do quiabo e do camarão.Sua comida deve ser bem cozida.Come também abacate, amalá de frutas, excluindo-se deste o abacaxi, a manga, a melancia e o melão.Sua bebida é a cerveja preta e sua cores, marrom,roxo e vermelha e branco.Xango é o orixá que carrega o robô e as chaves do Reino de Deus.Sua saudação é “Kaô-Cabiecilli-Lobá” ou “Xangô-Cao”
Nanã Buruquê é o orixá mais velho da terra.O símbolo de Nana é a vassoura de palha-de-costa, que ela usa para varrer ou tocar eguns.Sua cor é o lilás.È a protetora dos professores.Como omolocum de feijão branco e ovos cozidos, purê de beterraba, taioba com camarão, canjiquinha branca com leite cocô, arroz com mel, banana em calda, pêra e manjar branco.Bebe água mineral e sua saudação é “Saluba vovó”.
Obaluaê e Omulu simboliza a humildade.Obaluaê é o Oxalá da terra, é o medico dos pobres.Veste-se de palha-de-costa com guizos para cobrir as chagas que em vida trazia em seu corpo e tem por companheiro um cão fiel.Suas cores são branca e preta e amarela e preta.Come deburú ou pipoca, feijão preto, carne de poro, mocotó, guaiamum, chicória com molho de camarão, cuscuz de tapioca, melão, abacaxi com deburú, jaboticaba, cajá-manga.Os pratos são preparados com azeite de dendê.Bebe vinho tinto.Sua saudação é “Ato-atô Ajeberu”.
Yemanjá é a grande senhora dos mares, santa mais festejada na umbanda.A ela cabe ¾ do nosso planeta, tendo por isso grande poder, sendo o povo das águas o povo de maior força.É vaidosa, gosta de perfumes,talco,sabonetes,espelhos,pentes,fitas e rosas brancas.Suas cores são rosa e azul claro.Come arroz com mel enfeitado com pétalas de rosas brancas e uva moscatel rosada, enxova assada com molho de camarão, camarão graúdo frito no azeite com mel, canjica com camarão e ovos cozidos,arroz com peito de galinha desfiado, mamão com mel, cuscuz de tapioca e manjar branco.Bebe água mineral.Sua saudação é “Odoiá-Odociaba”.
Ogum o grande guerreiro, vencedor de demandas. É o santo mais popular do Rio de Janeiro.Suas cores são branca, verde e encarnado ou azulão.Ogum é o cavaleiro do ferro e do aço e de todos os metais.Simbolizando a luta traz a espada e o escudo.Come inhame com mel, bolinhos de inhame fritos no azeite de dendê, feijão mulatinho com cenoura e inhame, feijão branco, grão de bico, farofa, bife-de-patinho, agrião, acarajé frito no azeite de doce, manga-espada, maçã.Bebe cerveja branca.Sua saudação é “Ogum” ou “Ogunhê”.
Iansã deusa dos ventos e tempestades.A ela foi dado por Xangô o poder dos raios.É uma santa que gira e come com todos os orixás.Suas cores são vermelha, amarela, marrom e cor-de-rosa.Come acarajé, alapatá, farofa de inhame, espiga de milho cozida ao molho de camarão, maçã e manga rosa com mel.Bebe vinho moscatel.Sua saudação é Epar-rei,Oiá.O nome Iansã quer dizer Senhora da Tarde.
Oxosse rei das matas e dono da agricultura.Oxosse tem como símbolo as flechas e os capacetes de pena dos indígenas, pois como eles ama a liberdade.Come milho cozido, amendoim, côco, abobra moranga, abóbora com molho de camarão e ovos pochê, espiga–de-milho com mel, carnes de caça e pesca, todas as qualidades de frutas.Sua comida pode ser arriada nas matas ou junta ás cachoeiras.Bebe vinho tinto.Sua saudação é “Okê-Bambi” ou “Ode Maior”.
Beijada simboliza as crianças, cuja falange numerosa tem origem das matas, rios, praias, cachoeiras e jardins.Como orixás são poderosíssimos, pois sendo crianças, tem como a benção de Pai Oxalá.Come caruru, frango desfiado com purê de batatas e dos pratos do nosso dia á dia.Gostam de frutas e doces e bebem guaraná, soda e água com açúcar.Para agradá-los, podemos oferecer brinquedos.Suas cores são rosa, azul, branco ou verde.Sua saudação é “Oni-Beijada” e “Oromi Beijada Maior”
Oxum-Marê dono do arco íris, é o guardião das águas de Xangô.Come salada de chicória com tomate e cebola, salada de agrião, cobra feita de batata doce e deburú de Obaluaê.Bebe vinho branco e tinto. Sua saudação é “Arroboboia Oxum-Marê”.
Ossanha divindade das folhas, é responsável pela folha de todos os orixás. Come mingau de fubá com mel, purê de batata doce com mel, bife de porco enfeitado com laçinhos de todas as cores exceto o preto, saião com mel, fuma cachimbo de barro com fumo de rolo. Suas bebidas são o vinho tinto e a cachaça, sua cor o verde-folha e saudação é “Eu-Eu”.
Almas falange integrada pelos pretos velhos e demais espíritos trabalhadores. São milagrosos e tem grande força devido a sua humildade. Come mingau de acaçá, moqueca de peixe, feijoada, peixe ensopado, mingau de sagu com vinho e bolinho de egum.Bebem café, vinho tinto e vinho moscatel.Sua cor é branca.Sua saudação é “adorê as almas” e “é pras almas”.
Louças dos orixás
Oxalá, Oxum, Yemanjá, Nana, Iansã, Oxum-Marê e Beijada usa-se louça branca.
Xangô, Obaluaê, Oxosse, Ogum e Ossanha usa-se barro.
Algumas comidas são servidas na folha de mamona branca.
Para as caboclas usamos como prato metade de côco.
Para cada comida arriada o babalaô ou a ialorixa canta em louvor ao santo invocado.No local da mesa do orixá é obrigatório o uso do defumador.
Desde o inicio do mundo já eram oferecidos pelos homens comidas e sacrifícios aos deuses, para que os mesmos os favorecessem.Através da comida chegamos diretamente ao orixá, pois mesmo recebe um agrado, é louvado, e retribui aos seus fiéis ajudando-os a vencerem suas provações neste mundo expiatório.
No banquete dos orixás, em alguns casos, os filhos também participam, comendo em prato de ágate e dispensando o uso de talheres.Reunidos em nome das forças superiores, todos olvidam magos e preconceitos, e se irmanam numa corrente de paz e harmonia com Oxalá e seus enviados, os orixás.
Lya Wilma de Almeida.
BANHOS DE ERVAS
Ervas: Saião, Macaça, Nega mina, Erva tostão, Fava de Ofá ralada.
Guinar as ervas, coar e tomar o banho da cabeça aos pés.
Banho da atração (para amor)
Ervas: Nega Mina, Beto cheiroso, Macaça, Fava de Oxum.
Ferver a água e colocar as ervas e a fava, coar e tomar banho.
As ervas devem ser colocadas embaixo de uma árvore.
Banho de proteção de Xangô
Ervas: Nega mina, espinho cheiroso, fava de Ofá ralada, um orobô ralado e 3 colherinhas de açúcar.
Guinas as ervas, coar e tomar o banho da cabeça aos pés.
Banho para abrir caminho
Ervas: Abre caminho, Peregum, Vence Demanda.
Ferver água, colocar as ervas, abafar e coar.As ervas devem ser colocadas embaixo de uma arvore.
Tomar este banho do pescoço para baixo.
Banho de proteção de Oxalá
Ervas: 7 cravos da índia sem pimenta ( a bolinha é a,pimenta do cravo da índia), 7 folhas de louro e erva doce,3 colherinhas de açúcar, canela, Efum africano,um pouco de Danda da costa, água de Melicia e água.
Levar ao fogo,dar uma fervura e coar.Colocar as ervas embaixo de uma árvore.Tomar o banho da cabeça aos pés.
Banho de proteção e sorte
Ervas: Saião, Macaça, Nega mina, Erva tostão, Fava de Ofá ralada.
Guinar as ervas e colocar a fava e coar.As ervas devem ser colocadas embaixo de uma arvore.
Devolve-se a natureza o que ela nos deu.
Para tirar a negatividade e afastar tristeza e depressão.
Passar pelo corpo na beira da praia cinco punhados de arroz cru,cinco rosas brancas sem espinho e cinco maças, Peça a Oshé pelo caminho de Iemanjá, para despachar a tristeza, falta de amor, guerras e demandas.
Para pequenas indisposições, avisam que você precisa de atenção.
Ardência nos olhos, erupções na pele significa influencia negativa de Ejiogbe.
Tomar o banho da cabeça aos pés de água de canjica com rosas brancas
Ofereça a Oxalá 1 tigela branca com canjica e mel.Despachar depois de 24 horas no mato.
Parar com o sofrimento
Não sofra, coloque 8 quindins em um prato branco,olha-se no espelho(pequeno), coloca-se no meio do prato o espelho e os quindins em volta, dizendo para Oxum guardar sua fisionomia, peça que ela transforme, a melancolia em alegria e que seu coração se livre de angustia.
Banho para afastar a tristeza e aproveitar mais seu tempo
Ervas: Água de arroz e baunilha.
Tomar o banho da cabeça aos pés. Vista roupas avermelhadas.
A natureza se renova todos os dias.
Banho para afastar amizades falsas e prejuízos financeiros.
Ervas: Folha de colônia guinada na água e água de flor de laranjeira.
Tomar o banho da cabeça aos pés.
Acender 1 vela para o seu Eledá (anjo da guarda) e peça que te livre de falsas amizade e prejuízos financeiros.
Banho para abrir caminho
Ervas: 7 punhados de sal grosso, arueira, nega mina, 7 galhinhos de arruda e Dandá da costa ralado.
Ferver e coar as ervas.Tomar o banho do pescoço para baixo.
As ervas devem ser colocadas em baixo de uma arvore.
Acender 7 velas abaixo do meio fio em encruzilhada aberta, pedindo a Exú para abrir os caminhos em nome de Ogum.
Depois acender 3 velas para Ogum com 1 cerveja branca,em rua de movimento.
Banho de proteção de Oxalá
Ervas:7 cravos da índia(sem pimenta), 7 folhas de louro e erva doce, 3 colherinhas de açúcar , um pouco de canela, um pouco de Efum africano ralado, dandá da costa ralado e água.
Levar ao fogo e dê uma fervura, depois coar.Tomar o banho da cabeça aos pés.As ervas devem ser colocas embaixo de uma arvore.
Banho para arranjar um emprego
Ervas: Folha de colônia com carrapicho.
Ferver e coar as ervas.Tomar o banho da cabeça aos pés.As ervas dem ser colocadas embaixo de uma arvore.
Dê esta obrigação a Ogum
Farofa de dendê, 1 inhame cará cozido, passar dendê nele e colocar em cima da farofa com 7 moedas lavadas, Oferecer a Ogum com 1 vela acesa e 1 lata de cerveja em rua de movimento.
Fazer uma farofa de mel para Ossãe colocar 7 moedas lavadas,por cachaça com mel, por cima da farofa pedaços de fumo no rolo.
Arriar no mato com 1 vela.
Ervas para Banho de um bori.
Ervas: Macaça, Levante, Malva cheirosa, Corta feitiço, general de sala, Erva prata, Chibata, Bem com Deus e Manjericão branco.
Estas ervas são guinadas e coadas.
Tomar o banho da cabeça aos pés.
Ervas de Orixá
Oxalá -Saião, Manjericão branco.
Xangô-Nega mina, Levante, acocô.
Oxum -Oripepê, Malva cheirosa, Oriri.
Iemanjá - Macaça, Colônia.
Obaluaê - Banha de velho, melão São Caetano.
Nanã - Chibatá, Lagrima de Nossa Senhora.
Oxossi - Clavícula de Oxossi, Espinho Cheiroso, Patchuli.
Inhaçã - Erva prata, Pára-Raio.
Ogum – Abre caminho, vence demanda, General de sala, gervão roxo, espada de São Jorge.
Beijada - Toda qualidade de trevo, beijo frade, brilhantina.
Mãe Lya Vilma de Almeida
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
CALENDÁRIO NOVEMBRO 10
HOUVE ALTERAÇÃO NO CALENDÁRIO DE NOVEMBRO
06/11 -EXU E PRETO VELHO
27/11 - CABOCLO E ORIXAS
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
DIA 09/10 - ANIVERSÁRIO MÃE LYA
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
KAO CABECILE
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
CALENDÁRIO SETEMBRO
25/09- FESTA IBEIJADA E XANGÔ
COLABOREM COM NOSSA FESTIVIDADE !!!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Fluidificai nosso espírito e descarregai nossa matéria de todas as impurezas que hajam adquirido.
Permiti que vossas falanges nos protejam e amparem, assim o fazendo com toda a humanidade.
Faça isso por nós, minha querida mãezinha
SALUBA NANÃ
Oh! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da vida. Mãe de toda criação.Orixá das águas paradas. Mãe da sabedoria.Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.Que a tua luz neutralize toda as forças negativas à minha volta. Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
CALENDÁRIO AGOSTO 2010
DIA 14 - FESTA DE YEMANJÁ E NANÃ
DIA 28 - CABOCLOS E OMULU
terça-feira, 22 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Muito Lindo!!!!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Prece de Cáritas
Deus nosso Pai, que sois todo poder e bondade,
Dai a força aqueles que passam pela provação,
Dai a luz aquele que procura a verdade
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus ! Daí ao viajante a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai ! Daí ao culpado o arrependimento, ao Espírito a verdade, à criança o guia, ao orfão o pai.
Senhor ! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes,
Piedade Senhor, para aqueles que Vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem.
Que Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores, derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.
Deus ! Um raio, uma faísca de Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, Oh bondade; Oh beleza; Oh perfeição e queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.
Deus ! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós, dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa imagem.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Energia YEMANJÁ
Sinta a vibração de Yemanjá!
Olhe para a imagem do oceano, das ondas batendo contra a praia. Tranquilize a respiração, pense na imensidão das águas e dos oceanos. Na energia profunda do mar, na vibração poderosa de Yemanjá purificando sua alma e seu coração. Acalme-se. Tranquilize-se. Mente serena. Feliz!
terça-feira, 1 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Exus e Pomba-Giras na Umbanda
Os compadres, assim são carinhosamente chamados.. Talvez por sua semelhança com nós, os encarnados, estas entidades transmitam uma imagem de companheiros, de amigos dos mais chegados.
Os Exus nas Giras de Umbanda apreciam uma boa bebida, um bom fumo, e uma conversa regada a boas gargalhadas.
Conversam com seus consulentes com igualdade, são atualizados, pois nos acompanham lado-a-lado.
Pomba-giras
As moças, também chamadas assim de forma carinhosa por todos nós filhos de Umbanda, são as companheiras dos Compadres.
Elas adoram dançar, na maioria das vezes usam roupas coloridas, extravagantes, geralmente em tons de vermelho e preto, apreciam um bom cigarro, Champagne (em uma bela taça, lógico), a maioria delas se utilizam de rosas vermelhas em suas magias, são vaidosas, sensuais, e extremamente ligadas ao amor. Ajudam nas situações mal resolvidas do coração, que é fator predominante para se viver bem.
Na umbanda, os Exus trabalham em busca da evolução e da prática do bem, portanto ao contrário dos mitos envolto ao "Diabo" ou "Demônio", os Compadres trabalham para resolver os assuntos imediatos, mas nunca prejudicando alguém.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Nossa Casa
terça-feira, 27 de abril de 2010
Salve os Preto Velho
O Preto-Velho na Umbanda é um conselheiro por excelência da gen te moça do século que segue. Sua natureza racial expressa naturalmente boa-vontade, paciência, tolerância, mansuetude e alegria que se configuram na música, na dança mágica, vigorosa e jubilosa, no gestual comedido, na fala calma e mansa de quem já compreendeu perfeitamente que a vida é a suprema doação do Grande Ser OLÓRUN ou ZAMBI.
Desencarnados, ampliaram seu seno de observação sobre si mesmos e sobre as pessoas encarnadas da dita sociedade brasileira de consumo, imitadora do Primeiro Mundo.
Originários dos cinco milhões de descendentes dos quais quase um terço optou pela nova e genuína religião implantada no plano físico, no Brasil de 1908.
Aproximaram-se dos sinhozinhos e sinhazinhas através da mediunidade – ponte entre os dois planos – para prestarem favores de alma para alma. Descobriram que este intercâmbio gera moeda de evolução para uns e outros, quando bem sucedido; e esses favores se estendem até o último do desencarne de seus tutelados, na hora extrema, conduzindo-os seguramente aos familiares consangüíneas que foram antes para o plano das emoções e ansiosos aguardam pela chegada dos que aqui ficam.
Convém realçarmos esta relação entre médium, protegidos e almas desencarnadas; além de orientarem no cotidiano seus protegidos que freqüentam as casas de Umbanda orientando-os para que sigam um procedimento digno e fraterno para com os semelhantes, os Pretos-Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Exus e Pomba-Giras estão atentos e preparados para oferecerem (convém repetirmos) a proteção última ao caminheiro de Umbanda até o temido e enigmático portal da morte, que separa o plano físico do plano astral que se abre para o “outro lado da vida”.
Relação médium-guia: Os Pretos-velhos são de certa forma bem tolerantes com seus protegidos, sinhozinhos e sinhazinhas. Não se aborrece facilmente, mas quando acontece, são duros e exemplares no castigo e na indiferença. Pregam sobretudo e renovação moral dos seus tutelados em todos os sentidos.
Força da natureza: observadores atentos de todos os fenômenos físicos e astrais do planeta.
Expressão: boa-vontade, paciência, tolerância, mansuetude, alegria, comedimento.
Datas comemorativas: suas festas são realizadas por todo mês de maio. Nelas é servida a famosa feijoada e, de sobremesa, os doces típicos (queijadinha,pé-de-moleque, bolo de aipim, mãe-benta, quindim, pamonha, cocada-puxa e tantas outras guloseimas) da cozinha baiana e também de outros Estados brasileiros. Não se pode deixar de consignar o dia 13 de maio de 1888, data de Abolição da Escravatura no Brasil.
Composição: Agrupamentos distintos das várias nações africanas. Com o passar do tempo esta diferença está se esvaecendo.
Hierarquia: Seguem ao guia-chefe do templo, que tanto pode ser um Caboclo, como um Boiadeiro ou um Preto-Velho.
Saudação: “Abença, Preto-Velho”, “Abença, pai Joaquim” (ou nome que tenha a entidade). Também se usa o “Abença, vovô (ó)”, “Abença tiazinha”
Pontos cantados: Existem mais de uma centena, verdadeiras relíquias do cancioneiro sacro da Umbanda. Podem ser pontos de raiz ou pontos elaborados por compositores-ogàs, certamente inspirados por essas entidades maravilhosas.
Pontos riscados: de acordo com o grupamento
Indumentária: nada especial. Geralmente usam traje branco, mas em dias de festa e para agradar os Pretos-Velhos, o médium pode usar roupas de xadrezinho.
Local preferido: Quando não estão no Terreiro adoram as redondezas das Casas Coloniais.
Cor: da preferência de cada um, embora prefiram cores claras e o indefectível xadrezinho.Cor da guia: usam colares confeccionados com sementes e miçangas a gosto da própria entidade.
Ervas utilizadas: exímios curadores através das plantas (sementes, raízes, casacas, folhas e frutos), os Pretos-Velhos, em sua maioria, sempre se voltaram para a medicina vegetal, embora reconhecendo a importância da alopatia, da homeopatia, da medicina alternativa e do advento da ciência nuclear dos dias de hoje com prolongamento natural para o plano astral, onde também se processa a cura de várias doenças.
Flores: gostam de todas, principalmente das de tonalidade clara.
Frutos: a gosto de cada um.
Mineral: nada especifico.
Planeta: Apreciam as fases lunares e o Sol.
Dia da semana: segundas-feiras, domingos e feriados
Comidas secas: aipim e fruta-pão cozidos, mingaus diversos, principalmente o mungunzá, acaçá, acarajé e demais quitutes da cozinha africana. Bebidas: café adocicado ou não, vinho tinto, água, garapa etc.sábado, 24 de abril de 2010
Umbanda
A Umbanda, religião brasileira do século XX, formou-se a partir dos cultos africanos modificados pelas influências indígena, espírita ocultista européia e, por último, pela filosofia oriental.
Etapas históricas e causas do sincretismo
Primeira etapa: africana
Os cultos africanos – passo inicial da formação da Umbanda – foram extremamente influenciados pelos povos que dominaram a África desde 900 a.C. Os egípcios, indianos, cartagineses, romanos, vândalos, bizantinos, árabes, turcos, entre outros, deixaram marcas de sua influência nos chamados “puros” cultos africanos. O turbante, o pano da costa e a figa, de origens indiana, árabe e turca, respectivamente, são sinais lógicos da presença desses povos dominadores na Umbanda.
Segunda etapa: escravatura no Brasil (1530 a 1888)
No Brasil, a Umbanda teve início por volta de 1530. Com a escravatura desordenada e em massa e a diversidade de cultos, nações e línguas de negros africanos, houve uma mistura de concepções religiosas.
Como fatores marcantes dessa etapa podemos citar:
● a mistura de cultos de Angola, Congo, banto, nagô, queto, malê etc.;
● a falta de mestres de culto entre os escravos;
● o conhecimento apenas parcial de rituais e iniciações;
● as fugas e a formação de quilombos;
● a formação das “bandas” (grupamentos de negros e índios que “rezavam pela mesma cartilha”);
● a falta dos apetrechos rituais africanos, o que obrigou a assimilação dos apetrechos rituais dos índios;
● a utilização da sabedoria indígena no que concerne à magia do sertão e à utilização das ervas medicinais brasileiras;
● a imposição do catolicismo pelo colonizador português, o que ocasionou o sincretismo dos orixás com os santos da igreja católica.
Dessas duas etapas, a Umbanda herdou, basicamente, o culto a alguns orixás, a utilização dos atabaques como instrumento ritual e o uso de plantas e ervas medicinais brasileiras.
Terceira etapa: influência espírita de 1888 em diante
O espiritismo chegou ao Brasil por volta de 1873 e contribuiu para a formação da religião umbandista com sua doutrina explicativa dos fenômenos mediúnicos, do carma, da reencarnação, do conceito de espírito-guia e da evangelização da religião através de O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec.
Quarta etapa: ocultismo e filosofia oriental
O ocultismo chegou ao Brasil em torno de 1930 e, entre outras coisas, legou à Umbanda a utilização da vibração dos metais, das pedras preciosas e semipreciosas e da numerologia. Finalmente, temos a influência da filosofia oriental no que diz respeito à aura, aos chacras, às imantações e ao reforço dos conceitos de carma e reencarnação, que já haviam sido adotados por meio do espiritismo. A influência oriental é quase um retorno às origens, uma vez que as grandes religiões modernas têm sua origem no Oriente, principalmente no antigo Egito, no Tibete e na Índia, berços do profundo conhecimento religioso e filosófico oriental.
Fecha-se o círculo e surge a Umbanda, produto de concepções religiosas de muitos povos e nações, orientada pelos planos espirituais superiores e que visa o bem-estar físico, mental e espiritual dos seus filhos e daqueles que a procuram.
A Umbanda é, portanto, o produto de uma evolução religiosa. Suas origens encontram-se nas filosofias orientais, fontes de todos os cultos do mundo civilizado. E a sua implantação em nossa terra deu-se com a fusão das práticas, dos conceitos e das crenças do negro, do branco e do índio. Toda essa complexa mistura, que o leigo chama de baixo espiritismo, “macumba” e magia negra, era a situação existente quando surgiu um vigoroso movimento de luz, ordenado dos planos espirituais superiores e realizado por espíritos que se apresentavam como caboclos, pretos velhos e crianças. Umbanda, termo que eles implantaram para servir de bandeira a essa poderosa corrente, é sagrado e significa, num sentido mais profundo, o conjunto das leis de Deus.
Muitas pessoas perguntam por que as entidades se apresentam sob as formas de caboclos, pretos velhos e crianças. Mas, se observarmos bem, veremos que esses são tipos de fácil identificação popular, representando as faixas etárias do homem e os modelos de comportamento, como nos mostra o quadro a seguir.
Tipos | Faixa etária | Comportamento |
Pretos velhos | Velhice | Prudência e humildade |
Caboclos | Adulto | Vigor e pujança |
Crianças | Infância | Inocência e pureza |
Trabalham também na Umbanda entidades em evolução denominadas exus e pombagiras. Mal compreendidas e mal interpretadas pela maioria dos não-umbandistas, atuam no plano astral defendendo-nos de obsessores (espíritos em grande atraso espiritual) e de trabalhos de magia negra. São eles também os responsáveis pelas vibrações relativas à parte material de nossa vida e a quem recorremos em casos de vibrações mais “terra-a-terra”. São a nossa guarda, a nossa defesa contra vibrações negativas; são entidades de luz que, no seu trabalho de evolução espiritual, descem até as mais baixas regiões do plano astral para nos defender e guardar com suas vibrações altamente positivas. Aqueles que confundem essas entidades de luz – exus e pombagiras – com quiumbas e obsessores que aceitam matança de animais para prejudicar alguém demonstram apenas total ignorância espiritual.
ÉPOCA EM QUE SURGIU A UMBANDA NO NOSSO PAÍS
Em fins de 1908, uma família tradicional de Neves, Niterói, RJ, foi surpreendida por uma ocorrência que tomou aspecto sobrenatural: o jovem Zélio Fernandino de Moraes, acometido de estranha paralisia, a qual os médicos não conseguiam debelar de forma alguma, certo dia ergueu-se do leito e declarou: “amanhã estarei curado”. No dia seguinte levantou-se normalmente e começou a andar como se nada antes lhe tivesse tolhido os movimentos. Contava com apenas 17 anos e destinava-se à carreira militar da Marinha. A medicina não soube explicar o que havia ocorrido. Os tios, que eram padres católicos, foram colhidos de surpresa e nada esclareceram sobre a misteriosa ocorrência. Um amigo da família sugeriu, então, uma visita à Federação Espírita de Niterói, presidida por José de Souza, na época.
No dia 15 de novembro de 1908, o jovem Zélio foi convidado a participar de uma sessão, e o dirigente dos trabalhos determinou que ele ocupasse um lugar à mesa. Tomado por uma força estranha e superior à sua vontade, contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, o jovem Zélio levantou-se e disse: “Aqui está faltando uma flor”, e retirou-se da sala. Pouco depois voltou trazendo uma rosa, que depositou no centro da mesa. Essa atitude insólita causou quase um tumulto.
Restabelecida a corrente, manifestaram-se espíritos que diziam ser de pretos escravos e de índios ou caboclos em diversos médiuns. Esses espíritos foram convidados a se retirar pelo presidente dos trabalhos, advertidos do seu estado de atraso espiritual.
Foi então que, novamente, uma força estranha dominou o jovem Zélio e o fez falar sem saber o que dizia (de acordo com o depoimento do próprio Zélio à revista Seleções de Umbanda, em 1975).
Zélio ouvia apenas a própria voz perguntando o que levava os dirigentes dos trabalhos a não aceitarem a comunicação daqueles espíritos e por que motivo eram considerados atrasados: a de cor da pele (negros e caboclos) ou a classe social (escravos e índios) que revelaram ter tido na última encarnação.
Seguiu-se um diálogo acalorado e os responsáveis pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espírito desconhecido que estaria incorporado em Zélio e desenvolvia uma argumentação segura.
Um dos médiuns videntes perguntou, afinal: “Por que o irmão fala nesses termos pretendendo que essa mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?”. Ainda tomado pela força misteriosa, Respondeu Zélio: “Se julgam atrasados esses espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa desse aparelho (o médium Zélio) para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados ou desencarnados. E, se quiserem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim”. “Julga o irmão que alguém irá assistir ao seu culto?”, perguntou com ironia o médium vidente, ao que o Caboclo das Sete Encruzilhadas respondeu: “Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei”.
Zélio de Moraes contou que, no dia 16 de novembro, ocorreu o seguinte: “Minha família estava apavorada. Eu mesmo não sabia o que se passava comigo. Surpreendia-me haver dialogado com aqueles austeros senhores de cabeça branca, em volta da mesa onde se praticava um trabalho para mim desconhecido. Como poderia, aos 17 anos, organizar um culto? No entanto eu mesmo falara, sem saber o que dizia e por que dizia. Era uma sensação estranha, uma força superior que me impelia a fazer e a dizer o que nem sequer passava pelo meu pensamento. E no dia seguinte, em casa de minha família, na rua Floriano Peixoto, número 30, em Neves, ao se aproximar a hora marcada – 20 horas –, já se reuniam os membros da Federação Espírita, seguramente para comprovar a veracidade do que fora declarado na véspera, os parentes mais chegados, amigos, vizinhos e, do lado de fora, grande número de desconhecidos”.
Às 20 horas manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que se iniciava, naquele momento, um novo culto em que os espíritos de velhos africanos, que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase exclusivamente para trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos de nossa terra poderiam trabalhar em benefício dos seus irmãos encarnados, quaisquer que fossem a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica desse culto, que teria por base o Evangelho de Cristo e, como mestre supremo, Jesus. Deu, também, o nome desse movimento que se iniciava. Disse primeiro allabanda (ou um dos presentes assim anotou), mas, considerando que não soava bem a sua vibratória, substituiu-o por aumbanda, ou seja, umbanda, palavra de origem sânscrita que se pode traduzir por “Deus ao nosso lado” ou “o lado de Deus”.
Muito provavelmente ficou o nome umbanda, e não aumbanda, porque alguém anotou a palavra separadamente (a umbanda). Sobre o assunto diz Ramatis, no livro A missão do espiritismo: “A palavra AUM é de alta significação espiritual, consagrada pelos mestres; BANDHÃ, em sua expressão mística iniciática, significa movimento incessante, força centrípeta emanada do Criador. A palavra AUMBANDHÃ, pronunciada na forma de um mantra, aproxima-se melhor da sonorização OMBANDA, sendo ajustada à doutrina de Umbanda praticada no Brasil”.
Voltemos ao relato de Zélio: “A casa de trabalhos espirituais que no momento se fundava recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque, assim como Maria acolheu o Filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda e de conforto. Ditadas as bases do culto, o caboclo passou à parte prática dos trabalhos, curando enfermos. Antes do final da sessão, manifestou-se um preto velho, Pai Antônio, que vinha completar as curas”.
Nos dias seguintes, verdadeira romaria se formou na casa de Zélio. Enfermos vinham em busca de cura e ali a encontravam em nome de Jesus. Médiuns, cujas manifestações haviam sido consideradas loucura, deixaram sanatórios e deram provas de suas excelentes qualidades mediúnicas. Estava criada a Umbanda no Brasil.
Em 1935 estavam fundados os sete templos idealizados pelo caboclo das Sete Encruzilhadas, coroando de êxito o que nos parece ter sido um dos movimentos, entre outros semelhantes e não registrados, mais importantes da criação da Umbanda no Brasil.
Zélio desencarnou em outubro de 1975, aos 84 anos de idade. De seu trabalho resultou a Umbanda de hoje, que abrange cerca de 30 milhões de adeptos, segundo estimativas apresentadas no 2o Festival Mundial de Artes Negras, realizado em Lagos, na Nigéria, pelo professor René Ribeiro, da Universidade Federal de Pernambuco, que demonstrou, com base em dados do IBGE, que a Umbanda é a religião que mais cresce no Brasil.