“ Se
eu sair, o terreiro fecha”
Quantos de
nós, umbandistas, não ouvimos essa expressão nos terreiros de Umbanda que
frequentamos? E o pior, quantos de nós já não dissemos isso?
Caríssimos
irmãos em Deus, muitas vezes, levados pelo orgulho ou pelo egoísmo, temos tal
atitude ou ouvimos isso de algum irmão nosso. Quando falamos de nossa religião,
de nossa crença, não devemos nos levar ao impulso de achar que somos os
verdadeiros “donos da razão” e os “donos da verdade”, que somos imprescindível
dentro do terreiro.
Em uma
sessão mediúnica, é comum vermos irmãos médiuns com seus guias de luz, mentores
espirituais da Seara Divina, trabalhando de uma forma diferenciada da nossa.
Contudo, isso quer dizer que estão trabalhando errado? Que somente nós ou
nossos mentores estão corretos? Será incorreta a sabedoria de um preto-velho ou
caboclo apenas porque nós não compartilhamos da mesma ideia ou opinião?
Muitas vezes,
elevados pelo falso sentimento de alegria devido a elogios que recebemos com os
feitos alcançados pelas entidades desencarnadas, pensamos ser superiores aos
“pobres” médiuns que estão ao nosso lado, isso quando muitas vezes não nos
encontramos “superiores” ainda aos Diretores Espirituais, dirigentes dos
terreiros que frequentamos. Criticamos, fofocamos e falamos mal de algum irmão
que, assim como nós, está dentro do terreiro para auxiliar na caridade divina.
É esse o verdadeiro intuito da Umbanda desde a sua formação?
Amados,
devemos perceber que a única forma de alcançar os ensinamentos do Mestre Jesus
e de seu evangelho, onde a religião de Umbanda é calcada, é adquirindo a
humildade, a sensatez, a pureza e a caridade divina, mudando o nosso interior,
deixando de lado as mágoas, as tristezas e os sentimentos que nos fazem
esmorecer.
Lembremos e tomemos como exemplo os nossos
irmãos espíritas, que dizem ser: a
Reforma Íntima a nossa evolução espiritual. Não que seja fácil e simples a
assimilação de novos conceitos, novas formas de avaliar e pensar a vida. Mas
importante se torna essa Reforma, se queremos nos melhorar e alcançar os
fluidos emanados pelo Divino Criador, pelos sagrados Orixás e pelos espíritos
trabalhadores do bem.
Lembre-se,
dessa forma, que caso você saia, o terreiro não fecha. Ao contrário, ele estará
lá, sempre, e de portas abertas para recebê-lo de volta, assim como fez o pai
com o filho pródigo, acolhendo-o e fazendo-lhe uma festa, pois antes, esse
estava perdido e se reencontrou, estava morto e reviveu.
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