segunda-feira, 29 de abril de 2013

R E F L E X Ã O

                                             MEUS IRMÃOS, PARA REFLETIRMOS


Se eu sair, o terreiro fecha”

          Quantos de nós, umbandistas, não ouvimos essa expressão nos terreiros de Umbanda que frequentamos? E o pior, quantos de nós já não dissemos isso?
          Caríssimos irmãos em Deus, muitas vezes, levados pelo orgulho ou pelo egoísmo, temos tal atitude ou ouvimos isso de algum irmão nosso. Quando falamos de nossa religião, de nossa crença, não devemos nos levar ao impulso de achar que somos os verdadeiros “donos da razão” e os “donos da verdade”, que somos imprescindível dentro do terreiro.
           Em uma sessão mediúnica, é comum vermos irmãos médiuns com seus guias de luz, mentores espirituais da Seara Divina, trabalhando de uma forma diferenciada da nossa. Contudo, isso quer dizer que estão trabalhando errado? Que somente nós ou nossos mentores estão corretos? Será incorreta a sabedoria de um preto-velho ou caboclo apenas porque nós não compartilhamos da mesma ideia ou opinião?
          Muitas vezes, elevados pelo falso sentimento de alegria devido a elogios que recebemos com os feitos alcançados pelas entidades desencarnadas, pensamos ser superiores aos “pobres” médiuns que estão ao nosso lado, isso quando muitas vezes não nos encontramos “superiores” ainda aos Diretores Espirituais, dirigentes dos terreiros que frequentamos. Criticamos, fofocamos e falamos mal de algum irmão que, assim como nós, está dentro do terreiro para auxiliar na caridade divina. É esse o verdadeiro intuito da Umbanda desde a sua formação?
          Amados, devemos perceber que a única forma de alcançar os ensinamentos do Mestre Jesus e de seu evangelho, onde a religião de Umbanda é calcada, é adquirindo a humildade, a sensatez, a pureza e a caridade divina, mudando o nosso interior, deixando de lado as mágoas, as tristezas e os sentimentos que nos fazem esmorecer.
         Lembremos e tomemos como exemplo os nossos irmãos espíritas, que dizem ser: a Reforma Íntima a nossa evolução espiritual. Não que seja fácil e simples a assimilação de novos conceitos, novas formas de avaliar e pensar a vida. Mas importante se torna essa Reforma, se queremos nos melhorar e alcançar os fluidos emanados pelo Divino Criador, pelos sagrados Orixás e pelos espíritos trabalhadores do bem.
         Lembre-se, dessa forma, que caso você saia, o terreiro não fecha. Ao contrário, ele estará lá, sempre, e de portas abertas para recebê-lo de volta, assim como fez o pai com o filho pródigo, acolhendo-o e fazendo-lhe uma festa, pois antes, esse estava perdido e se reencontrou, estava morto e reviveu.


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